Casquinhas de siri, bobós de camarão, meia-calça, tintura para cabelo, absorventes, multas de trânsito de carros particulares, persianas de quitinetes residenciais, gravador, tapetes, aparelho de CD.Despesas como estas fazem parte de um relatório elaborado pela Controladoria-Geral da União (CGU) sobre gastos efetuados pelo Centro de Seleção e Promoção de Eventos (Cespe), órgão ligado à Universidade de Brasília que organiza concursos. Boa parte destas despesas não tem nota fiscal.A análise foi feita por amostragem e constatou pelo menos R$ 23 mil gastos irregularmente pelo Cespe. Após conferida toda a contabilidade, os valores tendem a crescer ainda mais.Todos os reembolsos foram autorizados pela ex-diretora do órgão, Romilda Guimarães Macarini. Alguns foram baseados em notas fiscais apresentadas, mesmo que incompatíveis com as atividades da instituição. Outros, sequer comprovante possuíam, mesmo assim foram ressarcidos.Há casos inexplicáveis, que lembram a farra dos cartões corporativos. De acordo com o relatório, um funcionário apresentou uma multa de trânsito no valor de R$ 574,61, cometida por um automóvel Santana, particular. Outro servidor pediu R$ 440,00 para comprar e instalar persianas horizontais na quitinete dele.Diversos funcionários tiveram contas de seus telefones celulares pagos pelo Cespe, mesmo sem comprovação de que as ligações haviam sido feitas a trabalho. A própria ex-diretora Romilda usou dinheiro público para pagar uma fatura de R$ 354,00.Também aparecem indícios de superfaturamento, como um absorvente íntimo a R$ 32,00. A mesma nota fiscal apresenta compras de chocolates, chicletes, cereais e pirulitos. O total da conta: R$ 2.921,72.
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