domingo, 26 de outubro de 2008

2008 em 2010

Algumas pessoas costumam falar que as eleições municipais de 2008 não influenciam para o pleito de 2010. Eu discordo. É com o resultado municipal que teremos as lideranças partidárias que se fortaleceram ou não.

José Serra, governador de São Paulo, é o grande exemplo disso, mesmo com a derrota do candidato tucano, Geraldo Alckmin, à prefeitura de São Paulo, o governador saiu fortalecido, já que, Gilberto Kassab quem o governador apoiou, saiu vencedor. O fortalecimento do governador complica, consideravelmente, os planos presidenciais do mineiro Aécio Neves. É verdade que ambos conseguiram eleger seus candidatos, porém a vitória de Márcio Lacerda, candidato do governador mineiro, não foi tão fácil como previa o tucano. Ponto para o paulista Serra.

Já no caso petista a falta de uma liderança conhecida nacionalmente complica o desejo do presidente de manter seu partido, o PT, no Palácio do Planalto. O PT sempre teve Lula atrelado às eleições presidenciais e para 2010 não o terá. Os possíveis candidatos petistas seriam: Marta Suplicy, Dilma Roussef e até o governador baiano Jacques Wagner. Marta perde força junto aos petistas devido a sua derrota; Jacques Wagner não conseguiu emplacar Walter Pinheiro. Wagner que é pouco conhecido nos demais estados teria que trabalhar, e muito bem, sua imagem, porém traz na sua bagagem a vitória em 2006 tirando o candidato do carlismo para o governo estadual. Dilma Roussef, a querida do Lula, testaria sua vocação política nas urnas pela primeira vez; também é desconhecida do grande público. Dilma entrou no governo Lula como Ministra de Minas e Energia e foi empossada na Casa Civil após o escândalo do “mensalão”, que fulminou com a demissão de Zé Dirceu e a cassação do mandato como Deputado Federal.

Caso seja escolhido o candidato tucano presidencial para 2010, José Serra deverá ter uma conversa, bastante amigável, com o companheiro de partido, Aécio Neves. Nenhum candidato pode desprezar o valor eleitoral de Minas Gerais, bem como a influência do governador mineiro.

Uma coisa é certa: o apoio do PMDB será necessário para qualquer um dos candidatos, seja tucano ou petista.

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